quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Apocalipse

Estava eu com minhas leituras de Teoria da Conspiração, procurando informações sobre o tal 2012, ano que vai rolar um stress aí no mundo, segundo o calendário maia e me deparo com este trecho da Bíblia:

Apocalipse 8:10-11"E o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas. E o nome da estrela era Absinto, e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas."
Peraí, as águas se tornarão absinto? E estão chamando de fim do mundo?!?!
Preparem seu estoque de Citrus porque o absinto fica por conta do Divino.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Viagem de trem

Eis que neste sábado tive a primeira aula de campo pela UERJ. O destino era o Parque Municipal de Nova Iguaçu.
Saindo de casa atrasado, pego o trem para Mesquita junto de meus companheiros (um dos casais que mora comigo).
Viagem de trem e eis que assim que o trem parte, surge o primeiro personagem: o evangélico chato que grita a palavra de D'us ao seu ouvido. Cara, sem entrar na discussão sobre religião, mas o que esses moços fazem é uma falta de respeito. Principalment enum vagão de trem, quando eu sou obrigado a ouvir aquela ladainha e não posso mudar de vagão. Entre falas de má concordância e frases pseudo-intelectuais na segunda pessoa do singular, a mesma conversa de sempre: D'us, o Diabo, pecado, céu e afins. Se essas pessoas parassem pra pensar só um pouquinho...
Na volta, ainda tenho a infelicidade de sentar ao lado de um bebum que babava direto, deixando sua camisa toda molhada de saliva.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Falando em Amazônia...

Esta questão da Amazônia me lembra o tempo que morei lá.
Apuí, interior do Amazonas, mais precisamente no distrito de Sucunduri, mais precisamente ainda, cerca de 110 quilômetros ao sul do distrito.
Estava estiagiando e fiquei por lá três meses direto, em plena Floresta Amazônica. E posso dizer que foi um dos melhores períodos de minha vida.
A viagem durou dois dias e meio num barco com uns três metros de comprimento, no máximo, por um metro e meio, mais ou menos, de largura.
Chegando lá, fiquei no acampamento base, mas logo me mandaram para um volante.
Adorava acampar somente com uma lona amarrada nas árvores e dormir em redes com mosquiteiros. Fazer trilha andando pelas picadas para coletar amostras, subindo e descendo serras. Foi lá que aprendi a pescar (meu primeiro peixe foi um pacu, olha aí a ironia) e foi também onde vi animais em estado selvagem.
Tive alguns desses encontros, logo no primeiro dia de viagem, vendo um veado atravessando o rio Sucunduri e, depois deste, vi vários pássaros, tucanos, araras. Também provei carne silvestre: tracajá (uma espécie de tartaruga), paca, queixada (porco do mato), jacaré, mutum (uma ave) e diversos peixe. Só não tive coragem de comer uma lingüiça de anta que foi oferecida, nem carne de macaco, que deposi descobri que estava com verme.
E ainda sofri alguns "ataques" destes animais: pisei uma cobra num picada, mas acho que ela estava com o estômago cheio, pois quando pisei, ela nem se mexeu; depois vi o vulto de uma jaguatirica bem na minha frente, só fiz dar meia volta e pegar outro caminho, que me levou ao encontro de uma manada de porcos do mato, o peão que estava comigo sugeriu que subíssemos em árvores e ele afugentou os bichos, eram muitos, acho que um quarenta ou cinqüenta; noutro dia, enquanto escovava os dentes na beira do rio, um grande jacaré vem em minha direção, só que eu fico maravilhado com o bicho e não do lugar, é quando um dos peões arremessa uma vara para o réptil e o animal agarra o galho em pleno ar, é a oportunidade pra eu sair da beira do rio, pois estava num lugar escorregadio; e o último encontro foi com uma onça que eu não vi, um dos peõs que estava comigo só me pediu pra fazer silêncio, eu não entendi, mas obedeci, foi quando ele fica sério e segura o facão e eu começo a sentir um cheiro de carniça, ficamos nesta situação uns cinco minutos, e aí ele fala pra seguirmos, quando pergunto o por quê daquilo, ele fala que era uma suçuarana.
Bons tempos aqueles, sinto saudades. Foi uma grande aventura.

Meia Amazônia Não.

Existe um projeto de lei em aprovação que é um sinal verde para que as motosserras e correntões acelerem o desmatamento da Amazônia.
Se você acha que esse é um problema distante, saiba que a floresta é responsável por grande parte das chuvas do Sul e do Sudeste que abastecem a agricultura do país, a geração de energia e nossas represas. Além disso, a Amazônia é fundamental para combater as mudanças climáticas.
Parece exagero, mas a situação é grave. Falta de informação e oportunismo resultaram nesse projeto de lei absurdo.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Home Alone


Eu nunca cheguei a morar sozinho, propriamente falando. Considerava que morava sozinho quando estava em Carajás, pois meus companheiros de república trabalhavam em horários diferentes dos meus. Naquele tempo, eu já não gostava de ficar sozinho em casa, tanto que ficava como clandestino numa república feminina...

Pois bem, depois de muito tempo, voltei a ficar só onde eu moro. Não que meus companheiros da república Toca dos Gatos tenham ido embora. Eles só viajaram, uma pra Bahia, outro pra São Paulo e outro pro Espírito Santo. Fiquei em casa por quatro noites e três dias. Eu pensava que não iria me sentir bem, mas até que a experiência não foi assim tão má. Claro que ter alguém em casa pelo menos pra ver uma presença física é bom, mas não senti tanta falta.

O lance é que tou começando a me acostumar com essa idéia de morar só.